imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

CERIMÔNIA DO CHÁ

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Sou profunda admiradora e consumidora de chá,(tomo chá diariamente,inverno ou verão,no frio ou mesmo nos dias muito quentes),chá branco,chá verde,chás aromatizados com especiarias,chazinhos(na verdade infusões)de ervas,ahhhhhhhh...amo muito os chás!!!Não consigo pensar em dormir sem antes saborear um maravilhoso chazinho!!!...

Encontrei esta preciosa informação em um blog,o link está abaixo da postagem:

...A HISTÓRIA DA CERIMÔNIA DO CHÁ

O ma-tcha - chá verde - foi introduzido no Japão, no final do século 12, originário da China. Todavia, o chá era muito precioso e, embora usado principalmente como bebida, era considerado, também, remédio. Ainda não havia nenhum ritual associado a ele.

O costume de beber matcha gradativamente difundiu-se, não só entre os sacerdotes de Zen, mas também no seio da classe superior. A partir do século 14, o chá passou a ser usado num jogo chamado to-tcha: Tratava-se de um divertimento no qual os convidados, depois de provarem de várias xícaras de chá produzido em diversas regiões, eram chamados a escolher a taça contendo o chá da melhor região produtora da bebida. Os que acertavam na escolha recebiam prêmios. Como esse jogo se tornou moda, as plantações de chá começaram a florescer, especialmente no distrito de Uji, nas proximidades de Kyoto, onde o chá de melhor qualidade ainda é produzido. O to-cha, gradativamente, converteu-se numa mais tranqüila reunião social, no seio da classe superior, e os prêmios não mais foram conferidos. O objetivo tornou-se então o gozo de uma atmosfera profunda na qual os participantes provavam o chá enquanto admiravam pinturas, artes e artesanato da China, mostrados num shoin (estúdio). Simultaneamente, sob a influência de formalidades e maneiras que regulavam a vida cotidiana dos samurais e nobres que constituíam, então, a classe dominante no país, surgiram certas regras e procedimentos que os participantes de uma reunião de chá deveriam obedecer. Assim desenvolveram-se os fundamentos da cerimônia do chá.

Ao final do século 15, um plebeu chamado MurataJuko, que dominou a arte do Tcha-no-yu, propôs outro tipo de chá cerimonial, mais tarde denominado Wabi-tcha, que ele baseou mais nas sensibilidades japonesas alimentadas pelo espírito do budismo de Zen (cujo objetivo é purificar a alma do homem, confundindo-a com a natureza).


Renunciando ao apego,
aos frutos do seu trabalho;
satisfeito e independente;
agindo sem interesse;
ele não fica envolvido,
embora esteja engajado
em todo tipo de ação
(Bhagavad Gita 4-20)


O Tcha-no-yu é um sentimento que dificilmente pode ser expresso por palavras. De certa forma, pode-se dizer que ele é a materialização do empenho intuitivo do povo japonês pelo reconhecimento da verdadeira beleza na modéstia e simplicidade. Termos como "calma", "simplicidade", "graça", ou a frase "estética da simplicidade austera e pobreza refinada" podem ajudar a definir o verdadeiro espírito da cerimônia do chá. Por exemplo, as regras rigorosas de etiqueta da cerimônia, que podem parecer penosas e meticulosas à primeira vista, são, de fato, calculadas, minuto por minuto, a fim de obter a maior economia de movimento possível. O Tcha-no-yu tem desempenhado um importante papel na vida artística do povo japonês, pois envolve a apreciação do cômodo onde é realizada, o jardim que o circunda, os utensílios utilizados, a decoração do ambiente. Representando a beleza da simplicidade estudada e da harmonia com a natureza, o espírito do Tchâ-no-yu moldou o desenvolvimento da arquitetura, jardinagem paisagística, cerâmica e artes florais no Japão.

http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/11/cerimonia_do_ch.html

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